sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pensi che sia...


Dia... complicado?
Não dirias... De que tipo então?
Cansativo!
Sim, um dia muito cansativo.
Lutaste pra sair da cama logo cedo.
Bem, cedo, cedo... não era assim tão cedo, confessa.
Já tiveste “cedos” piores.
Pudeste postergar até o último segundo, e o fizeste.
Por certo!
Quando te deste por vencer, corrida contra o relógio.
Deu tempo ainda, graças a Deus!
E depois o ônibus e uns quinze minutos ganhos: alívio!
Caminhaste, não correste. Como disseste: o tempo deu.
Daí, as palestras.
O que significa isto?
Conversa, exposição oral e formal sobre um tema.
ConversaS!
Sim, pois foram muitas.
Perdes a conta agora?
Não deverias...
Concentra-te!
Estás a dormir, criatura?!
Como pode tal coisa?
Queres saber do teu dia, não decepciones.
Está certo! Então o aniversário...
Todos comiam bolos e tu com uma fome “do cajado", "merreca!”
Que fazer com a insulina senão baixar-lhe a crista?
Queres ver quem é o mais forte?
Cuidado, açúcar pode matar! -- o físico e o metafórico.
Pois bem, fome de doce e cansaço: baixa insulina, sobe mal humor.
“Se chegar perto, mordo!” O que é isso, nada mais calmante do que um estômago não-vazio pra zanga acabar.

Tomaste banho, trocaste de roupa e agora, ao final de um dia assim, tão cansativo, nada melhor do que o frio de um chão de ladrilhos acariciando plantas de recém-libertos pés, salada, limonada fresca e um belo pôr-de-sol, já que não és nem um pouco de ferro...


Da série: “Pelo puro só prazer de escrever”


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Revisado em 18.09.2010
Helena Frenzel
Publicado no Recanto das Letras em 09/07/2010
Código do texto: T2367949



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