sábado, 30 de novembro de 2013

Livro não é produto, livro é muito mais!


Clique na foto para melhor vizualização.



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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Para quem gosta de contos… ótima dica!



El libro de arena, livro de contos de Jorge Luís Borges

Uma das melhores leituras deste ano, ao lado de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Havia lido outros contos de Borges, mas ainda não havia lido este livro. Muito feliz a idéia do autor de ter optado por um epílogo ao invés de um prefácio. El Congreso proporcionou-me um extâse literário que não é qualquer texto que sabe proporcionar. Amei este livro, inteiro, completo e escapando entre os dedos. Só posso recomendar que o leiam, claro, e sendo de areia tenho a impressão de que se transformará num livro novo em cada ocasião, releitura e, principalmente, em outras mãos. Borges, sim, sabia escrever. Vale muito a pena ler, recomendo!

El libro de arena, Jorge Luís Borges, 2011, Random House Mondadori, S.A. ISBN: 978-84-9989-266-5 (Ebook)




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sábado, 16 de novembro de 2013

Deliramos juntos ou deliro só?

Esta tela é minha. Ó dúvida cruel.


Registro atividades para não esquecer do que fiz (ou penso que fiz) ao longo do tempo pois, não sei você, mas eu tenho a mania masoquista de chegar ao fim do dia e ficar me acusando de não ter feito nada e para não cair mais nessa armadilha passei a escrever. E quando são atividades significativas envolvendo terceiros, compartilho o registro numa tentativa de provar para mim mesma, mais tarde, que não foi delírio nem imaginação, que foi real. Também porque aprendi com Anna, uma personagem de um romance de Doris Lessing, que literatura é análise de acontecimentos e no fundo é isso que faço ao escrever: análise, que não é sinônimo de divã mas não exclui essa possibilidade: peça do cenário principal. Ou seja: escrever é registro e análise, é uma forma de extravasar. Quando eu tinha mais tempo livre levava dias escrevendo um texto, alisando as letras; hoje aproveito as sobras das voltas do relógio e vou registrando com afinco e sem muito pensar tudo o que posso e quando me parece inofensivo, publico. Foi o caso do registro comemorativo que publiquei ontem aqui. Não estou querendo mostrar serviço, me exibir ou esperando que me elogiem por isso, só estou tirando proveito de uma forma de análise coletiva, pois a hipótese de delírio de vários, juntos, é menos provável do que aquela do delírio de um só, em particular. Pensando bem, pode ser mesmo que estejamos juntos sonhando, e que sejamos todos pilhas alimentando a tal da matrix.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Celebremos!

Foto: Galeria do Clip-Art (PowerPoint, Microsoft)


Dois mil e treze tem sido um ano muito produtivo. Eis alguns motivos para comemorar:

1. Cinco anos publicando experimentos literários na rede. Comecei em 2008 num 15 de novembro e até agora não penso em parar.

2. Campina e Fufu Lalau se encontraram numa Foz em março deste ano e dia 20 de agosto eu e comadre Michele comemoramos o primeiro aninho de existência do Sem Vergonha de Contar, que conta com 119 postagens até agora e 8 números do jornalzinho SVC para levar e distribuir por aí.

3. Pude apoiar iniciativas louváveis como Os Pequenos Escritores da Canastra, da comadre Maria Mineira,  para o qual dedicamos um mês inteiro de publicações lá no SVC, incluindo uma edição especial do nosso jornal. Também o Blog Gândavos, do amigo Carlos A. Lopes, e deste projeto tive a honra de poder participar com o prefácio e um texto na coletânea Gandavos– Terceiros Contos, lançada este ano em forma de livro impresso. Foi uma experiência nova e surpreendente de publicação, mas permaneço com os ebooks por praticidade, filosofia e princípios. Continuo sonhando com e-readers caindo do céu e as pessoas maravilhadas descobrindo o poder dos ebooks gratuitos e da leitura. Sonhar não custa nada e além de ser muito bom para a alma, é uma massagem cerebral.

4. Dia 12 de junho pus o Quintextos no ar e consegui editar de lá para cá 18 ebooks novos e outros 3 que serão lançados até o final de dezembro. Tivemos participações de, no mínimo, 13 novos autores brasileiros, e os lançamentos para o próximo ano já estão em andamento, aguarde!

5. Dia 15 de agosto, depois de 8 meses de trabalho e valiosas colaborações, publiquei o Volume II do 15 Contos+ com 19 contos prefaciados por Sergio Carmach, autor do romance Para Sempre Ana. Obrigada, Sergio. Palavras não bastam para expressar minha gratidão por sua imensa generosidade, atributo cada vez mais raro no meio ‘literário’ e na Internet.

6. Dia 21 de agosto completei um ano de facebook, mas disso não me orgulho, são ossos e espinhos - 'ossespinhos' do ofício: tudo para tentar divulgar mais o Quintextos, o SVC e o Quinze Contos Mais. Tem sido produtivo até aqui, mas repito o que escrevi ontem no meu perfil:

É preciso ter muito foco nos objetivos e ser muito forte em seus propósitos para não se deixar imbecilizar pelas redes sociais… Afe! Como disse Exupéry, mais ou menos: Algum dia nos distraímos e...
Otras veces me digo: "Alguna vez tiene uno que olvidar-se …¡y con ello basta! Alguna noche ha debido olvidar la campana de vidrio, o bien el cordero salió sin hacer ruido durante la noche"… ¡Entonces los cascabeles se truecan en lágrimas!… El Principito (Le Petit Prince), Antoine de Saint-Exupéry.

Rede social e literatura parece que não combinam muito, mas enquanto for gratuito, não percamos a chance de divulgar bons trabalhos também por lá.

7. Em outubro, o site EbookBr tomou conhecimento da existência do Quintextos. Do desejo de saber mais sobre o trabalho surgiu uma conversa agradável e descontraída que foi publicada em forma de entrevista e vale muito a pena ler. Alex, muito obrigada pelo espaço e pela luta em prol do livro livre, do e-reader e do ebook.

8. Aceitei o desafio (informal) de tentar escrever um romance com no mínimo 50 mil palavras durante todo o mês de novembro (NaNoWriMo 2013). Segui firme na brincadeira até ontem, quando contabilizei ao todo 16.937 palavras, mas por estar vendo meu trabalho acumulando cada vez mais e rapidamente, decidi parar o desafio no décimo quarto dia; sigo na escrita do livro, claro, mas não no ritmo do desafio inicial. Foi uma experiência, no mínimo, interessante. Valeu!

9. Em 2013 pude voltar a ler mais ficção. Essa foi uma conquista sem tamanho pois tenho fome de ler, ler e ler e mãe de criança pequena não tem MESMO tempo para isso, só tem os restos de minutos aqui e acolá, que somados dão uma hora, uma hora e meia e olhe lá! Por isso também saí do desafio ‘novembral’: para poder ler mais e mais rápido alguns livros que havia começado e estou louca para saber como vão terminar e que são ótimos e por isso sofro tanto sempre que tenho de interromper a leitura. Tenho uma conta no skoob mas não consigo mantê-la atualizada, vou deixando por lá e pelo acaso, afinal de contas não estou em nenhuma competição para ver quem consegue ler mais durante o ano e coisa e tal (risos). Dentre autores lidos recentemente, destaco: Mia Couto, Guimarães Rosa, Doris Lessing, Jorge Luís Borges, Victor Eustaquio, Maria Semple, Juanjo Sáez, Siri Hustvedt, além de várias releituras, como Kafka e Saramago. Li também mais de trinta ebooks de escritores brasileiros, maioria contos.

10. Bom, fora todos estes motivos, este ano comemoro também a cura de amigos e pessoas muito próximas a mim que vinham sofrendo com câncer e que com muita fé em Deus e ajuda médica, dos amigos e da família conseguiram vencer a doença. Estou muito feliz por cada um deles e só posso pedir a Deus que continue abençoando.

11. Ah, e por último mas não menos importante: De Rosas e de Flores foi aceito e publicado no jornal literário O Equador das Coisas. Sou muito grata aos editores deste jornal. Confira aqui a versão original do conto.


Por essas e por outras conquistas pessoais que aqui não cito, 2013 é um ano para celebrar e seguir compartilhando coisas boas, inspirando pessoas, fazendo qualquer coisa que valha a pena e seja real. 

Obrigada a todos que apóiam ou já apoiaram o trabalho que temos feito no Quintextos, no Quinze Contos e no Sem Vergonha de Contar. Grande é o meu prazer em dividir o bolo e essa alegria com vocês. 

Assim sendo: Vamos celebrar?! Celebremos pois!




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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Desafio EscrerDiário: Novembro para escrever – Dia 14

Depois de escrever uma história, sentia-me sempre vazio e silmultâneamente triste e feliz como se tivesse acabado de me entregar ao amor físico e ficava, nessa altura, com a certeza de que escrevera uma história muito boa, embora não soubesse ao certo qual o seu verdadeiro valor senão quando, no dia seguinte, a lia de ponta a ponta.” - Trecho de Paris é uma Festa, Ernerst Hemingway.

Comigo se dá o mesmo e o que hoje escrevi penso que seja um conto, um conto que se escreveu por si só e me deu muito prazer.

Muitas coisas se acumularam nos últimos dias e precisam urgentemente da minha atenção. Sigo trabalhando no romance, mas paro o desafio por aqui. Foi bom!


Total de palavras escritas hoje (só da história): 1143.

Total de palavras (história + making-of): 14.493 + 2.444 = 16.937 (33,87% de 50.000)  - Melhor do que eu esperava! :-)


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Desafio EscrerDiário: Novembro para escrever – Dia 13

Lindo presente que ganhei esta manhã de uma talentosa artista. Duvida? Eu não!


Ontem à noite, quando eu já nem pensava em conseguir sentar para escrever, mil cento e sessenta e duas (1.162) novas palavras surgiram alegres, saltitantes e dispostas a me animar: e conseguiram. Querido Desafio, permaneço então, não desistirei desta vez. Deu certo. Novembro traz o frio. Às vezes ele vem antes, o frio, em outubro ou até mesmo em setembro e neste ano ele até demorou, veio em novembro mesmo. Tem gente que diz gostar do frio. Também gosto, quando se pode alternar com dias de sol, o que nem sempre é o caso por aqui. Depois de três meses de neblina, chuva e céu nublado é muito natural festejar qualquer dia em que o sol se digna a mostrar-se. Não, este texto não foi revisado, ele é parte do making-of. E os corpos dos habitantes daqui até já sabem: novembro é época de ficar “dodói, juru-jururu”. Todo ano é assim. As gentes no Hemisfério Sul contam os anos em Primaveras. Aqui no Hemisfério Norte, contamos em Invernos – pelo menos eu conto assim desde que a vida por bem achou trazer-me para cá, ventos loucos. E vamos seguindo. Não farei planos para hoje, se puder escrever, escrevo, senão... sigo de qualquer jeito!

Total de palavras escritas hoje (só da história): 1185.



Boitatá




Minha filha fez este desenho para mim. Ela disse que é uma cobra, uma cobra grande como o Boitatá, uma cobra verde. Eu vi 'a cobra', juro, e não me assustei nem um pouco. Lembrei de O Pequeno Príncipe, também de Monet :-) E você, o que vê? ;-)