sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um "até breve"!



Caro(a) visitante, querido (a) amigo(a)

Novembro é o mês de aniversário deste blog, o Bluemaedel, e como há muito tempo não atualizava este espaço... eis a oportunidade pega a laço; laçada está!

Como tudo na vida se move,  tenho de "dar um tempo" com as publicações por aqui e no Quinze Contos Mais, e nas leituras em outros sites também. As prioridades mudaram e não tenho conseguido conciliar com os blogs, para o bem ou para o mal. 

Digo isto com bastante pena porque até agora só tive boas experiências neste mundo dos blogs. De vez em quando seguirei atualizando os outros projetos: o Sem Vergonha de Contar, o Quintextos e o Bluemaedel Lê. Bom, pelo menos esse é o plano...

Assim sendo, agradeço muito a sua visita, leitura e eventuais comentários. 

Quem sabe seja só um "até breve"... Mas se não for, fica o registro e o apreço por sua atenção e companhia ao longo de todos esses anos!


Com carinho,

Helena Frenzel (a Bluemaedel).


"Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

Trecho de Soneto de Fidelidade, Vinicius de Moraes.





© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

POR QUE PASSEI A EDITAR MEUS PRÓPRIOS LIVROS



Sempre fui uma pessoa prática, característica que só aumentou desde que vivo na Alemanha. Ainda hoje me encanta o jeito das pessoas fazerem certas coisas por aqui: quando têm um projeto, elas planejam e logo partem para a busca do que precisam para realizá-lo e, zack-zack, realizam-no! Ninguém costuma ficar esperando que o tempo mude para começar a semear.

Até 2007 eu nunca havia pensado em publicar livros ou artigos fora do universo acadêmico, de modo que quando cogitei publicar escritos de outra natureza, que eu mantinha há muito tempo na gaveta, nunca jamais passou por minha cabeça submetê-los a qualquer concurso ou editora e seguir o processo de publicação tradicional. Segui o caminho mais à mão: criei um blog, o Bluemaedel, e comecei a publicar, oras! Mais tarde encontrei o site brasileiro Recanto das Letras, onde se pode publicar gratuitamente, além de poder interagir com outros escritores, isto é, pessoas que se dispõem basicamente a escrever. 

Com o passar do tempo fui refinando meu conceito de escrita e também de interação, de modo que deixei de gastar tempo com ‘escritores’ que pareciam não esperar outra coisa de seus 'leitores' que não elogios ou comentários vazios ou de teor pessoal. Sempre achei que quem escreve (não só para si) deve ter alguém com quem possa falar sincera e criticamente sobre o que publica ou lê, e foi exatamente esse tipo de interação que passei um bom tempo procurando nos vários sites literários por onde andei. Conheci muita gente, verdade, porém pouquíssimas pessoas com objetivos semelhantes aos meus. E como sempre fui dada a conversar com livros, voltei-me a eles muito mais e abandonei praticamente os ‘literários’ sites. 

Em pouco tempo percebi que minha escrita não poderia jamais depender de qualquer recepção, caso contrário estaria fadada a parar de escrever muito em breve por não ter leitores ou qualquer motivação externa e, cedo, creio, consegui me livrar do peso da expectativa e da aceitação alheia. Uma vontade encontra uma maneira: como eu já tinha os blogs e não tinha qualquer dificuldade para operar os softwares necessários, recorrer aos ebooks foi um caminho muito natural, pois vi neste formato eletrônico um mundo de possibilidades.

Outra coisa: eu nunca pensei em vender meus escritos ‘literários’ e quem quer publicar gratuitamente seus ebooks na rede dificilmente encontra espaço nos grandes portais, como a Amazon por exemplo, ou outros grupos fechados, sem falar nos contratos que os autores ou as editoras têm de aceitar para publicar aqui ou acolá. Detalhe: muito pouca gente (quer dizer: quase ninguém) está de fato interessada em cooperação genuína no meio literário, a falta de generosidade nesse meio é algo assustador e isso me revolta bastante.

Por isso criei o Quintextos, por crer no poder transformador da cooperação e pela liberdade de poder publicar o que eu quiser, desde que dentro da política de conteúdo da plataforma que hospeda o meu site, o blogger, o que até agora plenamente me satisfez.

Há pessoas que não abrem mão da publicação em papel e, portanto, desprezam as publicações em ebook. Já me perguntaram quando eu publicaria meu primeiro livro, como se nenhum dentre os nove ebooks de minha autoria pudesse entrar nessa conta tão especial. Ou seja: para algumas pessoas o ebook não é um tipo válido de publicação, e eu apenas lamento que assim pensem, mas também é só, sigo publicando da forma que não gera gastos além de tempo e dedicação necessários para se fazer qualquer trabalho que seja bom. E eu gosto do que faço, gosto mesmo!

Resumindo: publico de forma independente em formato ebook não por qualquer editora ter-se recusado a publicar qualquer texto meu, mas simplesmente porque eu nunca me interessei em consultar ninguém a respeito, eu tinha a faca, o tempo e o queijo, então cortei-o, e foi só!

O tempo passou e hoje até divido o bolo, disponibilizando-me a editar gratuitamente textos de outros autores, textos que desejo ter na minha biblioteca virtual no prático formato ebook para quem desejar lê-los, baixá-los, indicá-los, imprimí-los, enfim: compartilhá-los. Tivesse eu mais tempo, editaria muito mais!

Seria maravilhoso, claro, se eu recebesse mais feedbacks espontâneos sobre minhas publicações, pois me proporcionaria mais crescimento, mas a vida segue também sem eles, e muito bem aliás, e assim vamos, não?


Nota: este texto foi publicado primeiramente no meu face, mas como muita gente opta por não estar nesta plataforma (atitude que eu acho muito boa e incentivo aliás), reproduzo-o aqui no Blog. Ainda que não seja inverno, passarei hibernando os próximos meses, de modo que não penso em postagens novas para a ocasião. Deixo a todos que por aqui passarem (com boas intenções) um sincero agradecimento e um abraço. 

Cordialmente, 
Helena Frenzel.




© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Uma casquinha para a reflexão



Recebi este email de uma amiga. Achei a mensagem tão linda e necessária que pedi a ela gentil permissão para publicar.

Por Márcia Montenegro

“Amiga, dia desses meu filho presenteou-me com uma grande lição de vida. Foi mais ou menos assim: ele teve um ótimo dia! Brincou, foi alimentado, cuidado, protegido, afagado, cercado de mimos, carinho e orientação. Ao final do dia fomos ao shopping e compramos roupas novas, sapatos e jogos de x-box, depois lanchamos no lugar escolhido por ele e quando já estava farto de todas as coisas, ele desejou um sorvete de casquinha. Pense, um mero sorvete de casquinha. Ocorre que quando meu marido foi comprar o tal, as lanchonetes já estavam fechando e a compra não foi possível. Meu filho então iniciou um choro lamentoso que se prolongou até o estacionamento. Ao chegarmos em casa, achei por bem perguntar a ele, esperando uma resposta entusiasmada face a todas as coisas bacanas que ele havia vivido e ganho naquele dia:
- Filho, você gostou do seu dia? Ele, de pronto, respondeu: - Foi o pior dia de todos! Perplexa voltei a indagar: - Mas por quê, filho? Ele saiu com essa: - Porque eu não ganhei sorvete de casquinha!
Meu marido e eu nos entreolhamos e, depois de corrigi-lo (o que o fez sair ainda mais chateado do quarto), comentamos que a pouca maturidade do nosso menino o fez dizer tamanha bobagem. Voltei-me para o meu marido e disse:
- É assim mesmo que nos portamos diante de Deus e do Nosso Senhor Jesus, meu querido, Dele tudo recebemos, a começar por este planeta lindo que insistimos em vilipendiar, até a nossa família, marido, filhos, pai, mãe, irmãos, amigos, trabalho, sustento, inteligência, saúde, habilidades, oportunidades. Recebemos tudo isso com ares de que assim o é por nosso próprio merecimento, e, se merecemos, tanto faz conservarmos tais coisas ou não, cuidarmos ou não, valorizarmos ou não, porque, segundo esse raciocínio, no final das contas novas e novas oportunidades nos serão dadas. Portanto, se lançamos fora a rica experiência do viver em família, basta arranjamos outra para substituir a anterior, se não estamos lá muito satisfeitos com o trabalho, rapidamente arranjamos um culpado para nossas agruras, vestimos a capa de vítimas e, certos de que mereceremos algo melhor (afinal a culpa é sempre dos outros), perdemos mais uma oportunidade de refletir, aprender e servir.

A pedra de tropeço desse modo de pensar e viver é que não somos credores da graça divina, antes, meros despenseiros da sua misericórdia. É por amor incondicional que tudo isto nos chega às mãos, não por justiça.
Enfim, Ele satisfaz até os nossos pequenos e mais pueris desejos (quem pode negar isto?), e, como não bastasse, arremata esta extensa lista de benesses concedendo-nos a esperança e a oportunidade de salvação, mediante a graça que há em Cristo Jesus.
Assim o faz, e, ao final de cada dia, de Sua boca misericordiosa e amável ouvimos em algum lugar de nossas almas esta simples pergunta: “Então, meu (minha) filho(a), como foi o seu dia?” No que, não raro, nos apressamos em responder: “Não foi tão bom assim não, o Senhor não me deu o sorvete de casquinha que eu tanto queria...”
Somos ou não somos crianças em espírito?”

* * *

Tanto acho que somos crianças em espírito, em nossa grande maioria, que resolvi publicar esta bela reflexão na esperança de que possa servir a outros, dado que a mim já serviu: me fez recordar que tudo é questão de perspectiva e que o mundo não gira em torno de nós.

Obrigada, Márcia, pela partilha. Muito mais Luz para você!



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Do compromisso dos novos autores com a formação de novos leitores

Experiências como esta relatada pela Maurem Kayna eu acho muito válidas, dou todo o meu apoio. No Brasil hoje em dia parece que há tantos escritores (pelos menos há muitos escrevendo ou tentando escrever) que eu sempre me pergunto quantos destes escritores estariam dispostos a ir a escolas dar palestras ou fazer leituras gratuitamente. 

Vejo muitos reclamando da falta de leitores e percebo quase nenhum apoio prático às poucas iniciativas que se propõem a fomentar leitura e escrita num público infanto/juvenil (o Pequenos Escritores da Canastra, por exemplo, só para citar um). 

Levar esses pequenos leitores e escritores (pequenos poetas) a sério já seria uma grande contribuição para o desenvolvimento deles, pois ainda que a literatura da atualidade nunca venha a ser considerada 'literatura de grande valor', comparado ao que já foi produzido no passado, ler e escrever melhor só traz vantagens em geral, para os indivíduos e para a sociedade. 

Um comentário que me chocou quando da proposta de fazer um livro com textos escritos por crianças, ainda mais por ter vindo de uma pessoa que atua como editor no Brasil: "Eu não sou a favor de incutir na cabeça das crianças a idéia de que elas podem escrever"

Esta mentalidade pequena e mesquinha me deixa triste, mas ao mesmo tempo me empurra a seguir tentando fazer diferente.

Ah, só para citar um exemplo: a Socorro Acioli, autora do livro infantil que ganhou um Jabuti em 2013, segundo o que está em seu site: "Sua obra de estréia, O Pipoqueiro João, foi escrita quando a autora tinha ainda oito anos de idade. Publicado pela Nação Cariry Editora." Grifo nosso, para destacar a idade do feito aos que insistem em desvalorizar a capacidade infantil.

Creio sinceramente que toda vontade encontra uma maneira. Meu trabalho é de formiguinha, mas não penso em desistir não. Sei que uma andorinha só não faz verão, mas se mais pessoas fizerem o mesmo... quem sabe, não? ;-)


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 28 de junho de 2014

Descansa...



Por que se chora quando alguém parte?
A gente chora porque dói,
Porque dura,
Durou
E foi importante;
Porque valeu,
Porque foi bom;
Porque se ama
E se é humano,
Porque no choro somos todos iguais:
Líquidos,
Desde quando nascemos,
Do primeiro ao último sopro,
De quando os intestinos funcionaram pela primeira vez.
Primeiro o coração,
Depois o cérebro...
A vida se sabe, do princípio ao fim
E não termina,
Só faz uma pausa,
E tudo segue numa outra dimensão.
A vida está nos intestinos
E o relógio pára quando eles param.
O tempo é um elo entre um ciclo e outro
Novo ciclo num outro lado
E tudo é novo para quem fica
E para quem vai,
Resta aprender a viver sem
E a viver mais
A viver a dor
A aceitar a perda
Deixar o riacho das lágrimas
Correr nas lembranças,
Oceano, rio e mar.

Que tenhas um bom descanso,
Finalmente.
Tu, que nesta vida passaste
Por tantas tristes fases
E de todas as tormentas
Reforçaste o sorrir
O otimismo,
A fé.
Apesar do chicote dos feitores
E de quem se julgava ‘mais’.
E o que é mais valoroso:
Tu aprendeste a doar
Enquanto te tiravam tudo.
A lição tua maior que ficou e ficará:
Servir também é um dom.


Na tua falta de letras
Aprendi o mais importante:
Manter-me nos trilhos quando o peso dos
Títulos tentam fazer descarrilhar.
E seguindo firme
E com fé.
E esse teu sentimento e simplicidade
Passarei adiante
E espero siga cimento nas novas gerações,
Sendo.
Somos apenas seres humanos
Choramos quando estamos sendo
Choramos para nos tornar
Choramos quando nos tornamos,
Choramos quando já passou;
Choramos para lembrar
E sempre somos
Estamos sendo
E sempre seremos
Seguindo querendo ser.
Choramos por seres mortais,
Choramos por sermos mortais.

Recuso-me a pensar que não estejas
Agora num bom lugar.
Impossível!
Sei que encontraste com quem já te aguardava,
Aqui cumpriste a tua missão, cum Lauda.
Não se vive à espera de recompensas,
Mas pela tua fé sei que Deus se compadeceu de ti.
Estás agora ao lado daquela por quem um dia choramos juntas,
Por quem choramos uma outra vez.
Se choro sozinha agora
É porque não vejo os outros que choram
Mas o carinho em forma de lágrimas
Chega até aqui.
E me recuso a ficar triste:
Sei que estás bem,
Sei que estás em paz,
Portanto
Descansa.

Uma rosa em tuas mãos.



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Não é conselho, é partilha!


Essa tela é minha também. Sem legenda.


Outro dia estava folheando uma revista cuja matéria de capa era Como Aprender a Lidar com o Excesso de Conexão na Era Digital. A matéria tratava da experiência de um rapaz de 29 anos que aos 25 já havia ganho muito dinheiro no modelo dessas empresas que se tornam milionárias da noite para o dia, mas por conta disso teve um ‘piripaque’, um burnout, e decidiu ‘dar um tempo’ nos negócios, diz que foi conhecer o mundo, aprender a dormir, comer e viver sem ‘estar plugado’ e quando voltou para o Vale do Silício abriu uma empresa para ensinar aos outros o caminho da desconexão (ironia do destino é que ele deve estar exponencialmente mais rico agora, pois o que tem de doido nesse meio, tô pra ver!). 

Há poucos eu andava aqui me queixando do meu vício de Face e tra-lá-lá, juntando as idéias e trocando tudo em miúdos: os conselhos que ele cobra uns Mil mil Putos para dar vou compartilhar aqui de graça porque é a mesma coisa que eu tenho feito desde que passei a policiar o tempo que eu gasto nas redes sociais. 

1) não entrar sem um objetivo pré-definido, se for para postar uma foto, entrou, postou, saiu, pronto; Se alguém aparecer me cobrando falta de curtidas eu mostro a lista de coisas que tenho pra fazer e fim de papo;

2) não ler emails ou mensagens como primeira e última atividades do dia. Se o mundo estiver acabando eu sinto informar mas a gente não vai poder fazer nada mesmo, a não ser perder uma boa noite de sono ou começar o dia num clima muito ruim (Caramba, o que é que eu vou fazer nessas 24 horas que me restam para viver? O quê?); 

3) enviar menos mensagens e emails (só em casos importantes, o que ajuda a diminuir também a praga do spam); 

4) tenha um critério de postagens, nem tudo eu compartilho, nem tudo eu informo - uma pesquisa dessas questionáveis (como toda pesquisa aliás) revelou que 40% das mensagens (só na Alemanha) são escritas no banheiro, e algumas pessoas não conseguem mais ir ao banheiro sem levar o celular (tá explicado!). 

Pelo menos um dia por semana eu tento não entrar na rede e tenho um livro sempre à mão, para ler nas pausas, bem como uma meta de leituras para este ano e tenho conseguido alcança-la justamente porque diminuí o tempo que antes era gasto na internet. 

E por último mas não menos importante: escrever as postagens off-line e só se conectar para postar, além de diminuir o risco de ser interrompido enquanto se escreve, diminuímos também o risco de termos a atenção desviada do objetivo principal. 

Para mim tem funcionado muito bem e é assim que eu tenho conseguido usar a rede e ao mesmo tempo manter os pés bem fincados na vida real. Se este post vier a ajudar alguém com as mesmas dificuldades, já valeu!




© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A estação e as flores



Passo por uma estação de trens e fico recordando, com um sorriso estampado no rosto, a felicidade encontrada há muitos anos, ao lá chegar e ver que alguém me esperava com flores frescas, colhidas das próprias mãos; um dos mais lindos presentes já ganhos da vida, um dos mais importantes e valiosos, quiça ‘os mais’ até. Era o EU ficando para trás e o futuro começando NÓS, que segue presente firme e guiado por Deus, em quem cremos, e quem nos escolheu um para o outro e determinou nosso encontro naquele dia, estação e fases de nossas vidas, reconhecendo-nos no instante primeiro do olhar. Não acreditávamos em amor à primeira vista, preferimos pensar que nos conheciámos de outras vidas, de outras dimensões (mais romântico, eu sei, mas não menos verdade... quem saberá?). Reconhecemo-nos sim, pelos olhares e pelas flores, majestosas em simplicidade: magníficos girassóis!


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Apague o ódio

Sabemos que muitas idéias pelas quais pessoas matam ou morrem não passam de construção, como o nacionalismo, por exemplo, a idéia de nação e a própria identidade. O problema das discriminações, a meu ver, não está só nas discriminações puramente, isto é: no racismo, no sexismo, na homofobia, no partidarismo etc, em tudo que denota a não-aceitação do outro, mas sim no ódio que cresce sem proporções num ambiente maniqueísta - dominado pela idéia daqueles que são do ‘bem’ e daqueles que são do ‘mal’, os do ‘meio’ não existem - e que passa a ser usado como munição nas batalhas mais torpes. Velha conhecida é a História de como começou o ódio contra os judeus, também contra muçulmanos, contra pessoas negras e indígenas (nos Estados Unidos e em vários outros lugares), os assassinatos das mulheres consideradas bruxas na época da Inquisição etc, também contra os alemães que nasceram depois da guerra, e que tiveram de arcar com as consequências dos crimes nazistas, com os quais nada tiveram a ver. Então, vendo muito de longe o que tem ocorrido no Brasil ultimamente, principalmente a falta de um ambiente para o debate civilizado (os linchamentos voltaram, barbaridade!), preocupa-me a escalação do ódio, que cega os argumentos. Dois times possíveis passam a existir unicamente: quem é do contra e quem é a favor do que estiver em jogo no momento e todo o resto passa a ser ignorado, porque se alguém publica um texto num jornal denunciando a negação de um direito constitucional, por exemplo, antes de mais nada será aplicado o filtro se é do contra ou a favor e, dependendo de qual grupo pertença o leitor, todo o resto será ignorado, o ódio ganhou. Então, antes que seja tarde e pessoas como eu não tenham mais voz, seja porque foram caladas ou porque escolheram calar-se, peço que apaguem o ódio enquanto é tempo, não deixem esse fogo se espalhar porque o incêndio não se poderá conter. Um minuto que dedico ao pacifismo, que não significa acomodar-se; um pouco mais de reflexão.


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 10 de maio de 2014

Feliz Dia das Pães! - Isso mesmo!




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terça-feira, 6 de maio de 2014

De onde veio a inspiração (também!)



Quando eu me for


Quando  eu me for, os caminhos continuarão andando...
E os meus sapatos também!
Porque os quartos, as casas que habitamos,
Todas, todas as coisas que foram nossas na vida
Possuem igualmente os seus fantasmas próprios,
Para alucinarem as nossas noites de insônia!


Trecho de: VELÓRIO SEM DEFUNTO, Mario Quintana. 
Tela e imagem: Helena Frenzel



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domingo, 4 de maio de 2014

Oportunidade no ebookbr para autores que levam a sério o seu trabalho

Você é daqueles escritores que não têm medo de críticas, muito pelo contrário: saem por aí buscando exatamente  este tipo de avaliação para as coisas que produz? 

Pois bem, o site ebookbr tem oferecido, a meu ver, uma ótima oportunidade para escritores que levam a sério o seu trabalho e, em se tratando de meio literário e editorial, descobrem-se nadando contra as marés mais populares, o que é de se esperar quando Literatura e a arte literária deixam de ser o cerne, perdendo campo para outros interesses que passam a valer mais, como o comércio puro, por exemplo.

Pois bem, este site reúne um grupo de leitores competentes e com gostos variados e que estão dispostos a avaliar séria e gratuitamente o seu ebook. Tentar não custa nada, não? Eis aqui o link:




A Internet pode até não ser o melhor lugar para quem quer, acima de tudo, vender livros; mas, a meu ver, é o melhor lugar para quem deseja ser lido, e por leitores de verdade, pessoas comprometidas com o gosto de ler.





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sábado, 3 de maio de 2014

Coletânea organizada por Sergio Carmach

Em 2012, as ondas da rede levaram-me a descobrir  Para Sempre Ana, livro que me proporcionou um feliz encontro com a escrita de Sergio Carmach, autor que passei a admirar tanto pelo talento quanto pela humildade de prestar ouvidos a iniciantes. Exatamente por isso, tive a ousadia de convidá-lo para apresentar o Volume II do Quinze Contos Mais e, é bom deixar claro, a alegre surpresa de ter o convite prontamente aceito, isto é, sem as costumeiras barreiras e estrelismos que escritores mais experientes têm contra iniciantes. Um gesto de humildade que só serviu para estreitar nossos caminhos e ideais literários, penso eu.

Bom, em cooperação com Zélia de Oliveira, Sergio Carmach está organizando uma nova coletânea ligada à editora APED, que eu não conheço, mas como confio no trabalho e na competência do Sergio, com segurança passo adiante o convite que ele me fez: participar da coletânea Aqui Pulsa Minha Repulsa, a ser publicada em livro impresso sob o selo da APED. Assim sendo, passo adiante o convite, pois ainda há tempo!

Prazo de envio de textos: de 01 a 30 de maio de 2014.  

As regras para participação estão neste site: 




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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Seria o pensamento positivo a pior das ilusões?


Alguém, numa rede social, sugeriu um experimento interessante: separar um recipiente transparente e nele ir guardando, durante todo o ano, registro de todos os momentos de alegria e, num dado ponto, fazer um balanço geral. Outra pessoa sugeriu que, para o experimento ser mais completo, deveria-se registrar também os momentos de tristeza, mas não sem antes ressaltar que os momentos tristes predominam, mas o ser o humano prefere esquecê-los. Será mesmo?

Ao ler este meu comentário percebe-se claramente que ele não carrega a eloquência dos que citam Platão, Nietzsche, Aristóteles e outros grandes pensadores, digo: leram o que estes filósofos (eles mesmos) de fato escreveram, e não só uma parte do que outros já escreveram sobre o que eles 'supostamente' teriam escrito. Pois bem, sou uma pessoa muito simples, para não dizer prática e comum, e não sei nem gosto de ser eloqüente, lembrando que ser breve não implica ser superficial.

O que eu quero dizer em núcleo é que, das minhas leituras e vivências, construí a seguinte visão:  parece haver duas teses possíveis: 1. o mundo não é tão ruim assim e as coisas mudam dependendo das ações do ser humano ou 2. o mundo está perdido mesmo e não importa o que se faça nada poderá mudar essa situação. Ponto. Tudo bem. Agora lembrando o que está escrito no livro bíblico Lamentações de Jeremias, Capítulo 3, versos 22 e 23: “22 As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misercórdias não têm fim; 23 renovam-se a cada manhã.” 

Pois sempre tive para comigo que, embora desconheça a razão desse sentir, minhas esperanças também se renovam a cada manhã, e o meu otimismo idem. Mas isso não é uma lei, é uma escolha pessoal, e só. Tanto a tese 1. quanto a tese 2. podem muito bem ser falsas, considerando que TUDO o que nos cerca e nos forma poderia ser uma  ilusão muito maior. Então nos resta pelo menos a escolha de qual das ilusões alimentar. Aquela velha história do filósofo oriental que ilustra qual lado de nós permitiremos crescer: o lado bom ou o lado mau (não pude reter o riso faceiro ao pensar no Darth Vader). 

Por causa da esperança, da fé, ou do instinto de sobrevivência (só pode ser), eu escolho a ilusão primeira: acreditar que as coisas podem sim mudar dependendo das nossas ações. A velha teoria da perspectiva, de que podemos escolher ver o copo meio-cheio ou meio-vazio e, independente de ser real ou não, parece-me mais produtivo escolher crer no que nos causa menos prejuízo, não? 

Então, diante do copo esqueço o meio-vazio e trato de matar minha sede com a quantidade de água que tenho à disposição, e ainda agradeço, pois no copo poderia haver apenas ar, e eu morreria de sede. 

Será que prejudica tanto assim tentar tirar sempre o melhor do pouco que parecemos ter? Tentar definir objetivos realistas e alcançáveis nesta nossa curta vida? De qualquer modo, os potes são apenas uma muleta, concordo, ou uma medida de controle que, se bem não faz, mal também não... Então, por que não tentar? Tento eu! Se for para me iludir de qualquer jeito... o otimismo continua parecendo a melhor opção.




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sexta-feira, 25 de abril de 2014

"O Calor no Coração"




© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Eis o que vi então ;-)







Eis a foto original. Obrigada a todos que participaram do experimento. Na primeira versão, a mais abstrata das três na minha opinião, houve quem visse a silhueta de uma mulher se espreguiçando ou a de um atleta comemorando a vitória na linha de chegada. Confesso que na foto original vi uma blusa de bela estampa, gola alta, um cinto largo de couro marrom como acessório, mas deixo a idéia para meus amigos estilistas ou amantes da moda he he he. Valeu! 

De qual versão ou de quais versões você gostou mais: da primeira, da segunda, ou da foto original?





© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 20 de abril de 2014

E agora, o que você vê?





Em breve postarei a foto original e vejamos quem se aproximou do que de fato vi.


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Feliz Páscoa!





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O que você vê?




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sexta-feira, 28 de março de 2014

Sobre Audiência

Outro dia uma amiga comentou comigo que iria parar de atualizar o seu blog, pois se fosse para seguir publicando e não tendo leituras, melhor seria voltar a manter os escritos na gaveta, como antes. 

Acho que eu não me preocupo tanto assim com audiência, na verdade nunca me preocupei e a prova disso está na falta de esforço significativo da minha parte para agradar ou ser popular, para ‘ganhar seguidores a qualquer custo’.

Ora, uma pessoa que entende como funciona um pouquinho só do mecanismo dos algoritmos sociais poderia tentar tirar melhor vantagem deles, não? Mas é justamente isto o que eu nunca quis para os meus blogs: a falsidade dos números e das estatísticas, a pura aplicação de técnicas de publicidade e vendas.

Outro dia recebi um convite para assinar uma newsletter de um blogueiro cujo blog eu leio de quando em vez. Assinei, passei um tempo recebendo e depois cancelei. A newsletter seria uma forma de ‘estreitar’ o contato com os leitores, pois ele também se dizia insatisfeito com a audiência dos seus blogs e trouxe um feixe de queixas comuns entre blogueiros ‘profissionais’. Aconselhou os leitores a deixarem os blogs e partirem para as newletters, que era ‘a estratégia’. 


Eu tentei contato com ele, mas nossa conversação não foi adiante e não foi porque para ele talvez eu fosse apenas um número e exatamente por isso eu tenho horror à palavra ‘seguidores’, bem como ao 'curtir' e peço a Deus que meus blogs continuem tendo pouca audiência, o que me permite dar uma atenção mais honesta às pessoas. Quem quiser falar comigo terá minha atenção, sempre que possível.

Deixo essa caixinha ativa no meu blog, a de seguidores, por uma questão de praticidade apenas, para que quem deseje cadastrar-se e seguir as postagens possa fazê-lo sem problemas no mecanismo usual, mas já pensei várias vezes em retirá-la, pois até a exibição de números de acessos e quantidade de seguidores pode influenciar o comportamento dos visitantes de um site. No caso do Bluemaedel, por exemplo, há uns 37 seguidores que foram se juntando ao longo de cinco anos, mas a grande maioria deles NUNCA se manifestou. Então me diga como é que eu posso cair numa balela dessas? Jamais! :-)

Pois não me preocupo tanto com audiência, digo ‘tanto’ pois se dissesse que não me preocupo nem um pouco eu estaria mentindo, e esse post seria uma contradição. Eu me preocupo sim, mas tento manter sempre os pés no chão. 

Gente, quanto mais uso a Internet nos últimos anos, maior a minha impressão de que isso aqui é tudo ilusão, tudo aquilo que eu não puder trazer para a minha realidade, para mim é irreal: contatos principalmente, a sensação de estar regando flores de plástico – obrigada Afonso Cruz! – e o que é pior: “trabalhando duro para regar uma vida dessa”. Pode?! Pra lá!

Querem saber para quem eu blogo? (Aqui falo dos meus blogs pessoais). Blogo para o futuro, blogo para a minha filha, minha família e meus amigos, blogo como um registro pessoal, um registro público que eu não poderia mudar facilmente sem ter de mentir para mim mesma. Ou seja: meus blogs são uma parte da minha gaveta onde eu coloco coisas que outras pessoas também poderão ver sem problemas, mas se ninguém estiver a fim de lê-las, por mim tudo bem, meu prazer da escrita e edição completou-se já com a publicação e a visualização de um resultado que por certo me agradou naquele momento.

Escrevo, e publico, primeiramente por pura satisfação pessoal, depois pela partilha, e isso me permite continuar blogando e usando a Internet sem tirar meus pés do chão, sem iludir o meu olfato de que sinto o perfume das flores de plástico, não sinto, sinto o cheiro do plástico, não das flores, muito menos os odores da vida real.

Escrever sem compromisso e ou escrever para ninguém é, de fato, uma grande liberdade, uma das maiores que já experimentei.






© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.