Para diminuir
mal-entendidos, já que não se pode evitá-los, uma breve explicação:
Quem acompanha meus escritos sabe que criei um perfil no Facebook para
divulgar um pouco mais literatura e projetos literários que gerencio,
consequentemente: divulgar o meu trabalho nos blogs — chamar de quê, se é
trabalho de fato? Embora feito com muito prazer. — Mas não se trata de
autopromoção. Eu, Helena, a criatura, amo bastidores e coxias e não estou afim
de ter de abrir mão do aconchego da minha privacidade e de um certo grau de
anonimato que tanto me faz bem e me é essencial.
Não estou promovendo ‘pessoas’, promovo TEXTOS. Uso critérios
literários, não critérios pessoais. Assim sendo, evito saber da vida ou do
caráter dos autores com quem trabalho, muitos deles eu nem conheço e é bom que
seja assim.
Meus projetos se apóiam em critérios e qualidades textuais. Sou uma
estudante de Literatura ainda não atingida pela acidez do meio. Apaixonada pela
arte, venho colecionando textos, já que estou montando para uso próprio
primeiro, uma biblioteca virtual. Busco, através disto, ganhar experiência e
desenferrujar as engrenagens do meu olhar, mantê-lo limpo e sempre aberto ao
novo.
Quem acompanha meus rabiscos sabe também que eu adoro contos, causos,
narrativas, e esses gêneros tenho tentado promover. Escrevo uns versos de vez em
quando mas não os chamaria de poesia, não tenho essa ilusão e nem digo isso
para ouvir: “que nada, é poesia sim”, chamo de ‘letripulia’ pois é o que penso
que são. Falo com sinceridade porque estudei um pouquinho de lírica e
lingüística é uma grande paixão.
Tenho buscado em meus projetos dar espaço a outros autores talentosos
cujas obras, em minha simples visão de leitora, deveriam ser mais conhecidas;
tudo é voluntário, hobby, faço pelo amor ao trabalho e pela causa, pela vontade
de ver as pessoas no Brasil lendo muito, muito mais.
É, sou idealista (ô coitada!) e acho que estou só. Busco promover o
EBook gratuito e livre para que haja maior chance dos textos literários e ficção
chegarem ao leitor e o que é melhor: ajudá-lo em sua formação.
Não me interesso por vendas, estatísticas, curtidas vazias, não invejo o
sucesso de ninguém, muito menos me regozijo com o fracasso dos outros. Creio
firmemente que em Literatura o Sol brilha para todos, basta encontrar um
lugarzinho para por uma toalha, uma cadeira, e se estirar com espaço suficiente
para esticar pernas, braços e pescoço, ampliar o olhar.
Por isso não vejo razão para cotoveladas, concorrência, boicotes ou
mesquinharias, uma falta de generosidade enorme que corrói o meio de escritores
e espalha um fedor de vaidade mal-vestida que enoja quem simplesmente ama bons
livros, literatura, textos inteligentes, as letrinhas, as ‘letronas’, os
letreiros, os letristas, o fazer literário e artístico, puro, desinteressado,
criativo, enfim: libertador.
Esta é a base dos meus projetos literários: contribuir ao menos um
pouquinho para incentivar leitura e
escrita com gosto e escritores a ousarem cada vez mais.